Todos tios
Primos
Sobrinhos
Netos uns dos outros
Uma mão fechada
Nunca deu nada a ninguém
Já dois dedos
Apenas deu para segurar um cigarro
A petulância passou
Dos canos de esgoto
A um rio a Céu aberto
Fui Sebastião e Silva
Mudei para da Silva
As vezes para de Silva e qualquer coisa
A ponto de aparecer com as calças na mão.
Vi tomar o comprimido
E esperar que passasse
Que quebrasse a consciência
De aguentar a impermanência
Como uma Venus nua
Não vi quem reinventasse
Deixando ali a mão
Contida no mínimo.