domingo, 13 de março de 2016

Conversa de balcão

Todos tios
Primos
Sobrinhos
Netos uns dos outros

Uma mão fechada
Nunca deu nada a ninguém
Já dois dedos
Apenas deu para segurar um cigarro

A petulância passou
Dos canos de esgoto
A um rio a Céu aberto

Fui Sebastião e Silva
Mudei para da Silva
As vezes para de Silva e qualquer coisa
A ponto de aparecer com as calças na mão.

Vi tomar o comprimido
E esperar que passasse
Que quebrasse a consciência
De aguentar a impermanência

Como uma Venus nua
Não vi quem reinventasse
Deixando ali a mão
Contida no mínimo.



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