quinta-feira, 26 de maio de 2016

Titã barrasco

Estou sentado ao pé do riacho
A cortar queijo curado.. À navalha

O barulho do azeite
Ensurdecedor...

Quase pensei que a lamparina
Era as traseiras de um pirilampo
E o pavio, um fogo-fátuo
Que lá se erguia do rio

O caranguejo na praia
com a sua pose de saboneteira
Filmava os banhistas
Para a seguir, vender cassetes.

O desgraçado que andava no gamansso
Todo janado, pernas abertas
Rabo de cavalo e cara de tanso
Acabou por pedir
Para dar de comer
Aqueles, filhos da mulher da fruta.....

O coelho comeu uma banana
Muito bem instruído, cheio de sorte
Lancetou uma orelha
Pensou que era um unicórnio
Lançou-se à fogueira
Saiu de lá a trote

Sou a eternidade e o tempo
O universo está na minha boca
Divino não seria 
Eternizar-me pelo mundo
E poder estar contido na toca?




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